quarta-feira, 31 de março de 2010

Oito anos de mentiras

Alguns amigos que compareceram à inauguração da ponte Passos/Glória notaram que não compareci à solenidade e me perguntaram o porquê da minha ausência e disseram que como pré-candidato ao cargo eletivo de Deputado Federal não poderia ter perdido a chance de aparecer junto ao governador de nosso Estado e que seria justamente nestas ocasiões que o político adquire visibilidade.
Poderia ter dado uma desculpa qualquer, porém resolvi explicar o real motivo de minha falta ao evento, e assim o faço em público.
Ocorre que não conseguiria estar entre os políticos ligados à atual administração de nosso Estado, principalmente junto do Governador Aécio Neves e seu Vice Anastasia e aqueles políticos que os rodeiam.
Este mal-estar se dá pelo simples fato de que sou funcionário público aposentado e meu caráter não me permite ser falso a ponto de estar entre aqueles que por oito anos somente mentiram aos funcionários públicos da ativa, aposentados e pensionistas, fazendo a aqueles que sempre deram o melhor de si pelo bem estar da população mineira, sofrerem com os péssimos salários pagos por esta administração estadual.
O professorado está revoltado, o pessoal da saúde encontra-se também com o mesmo sentimento, os policiais de nosso Estado que acreditaram em promessas do chefe do executivo estadual estão se sentindo traídos.
Se eu for falar do que pensam os funcionários de todas as secretarias e autarquias, levaria horas para explicar o sentimento negativo destes abnegados homens e mulheres, em relação à administração de Aécio Neves e esse tal Anastasia.
Não poderia nunca estar em qualquer que seja o lugar para homenagear homens que somente mentiram ao povo mineiro, como também aos funcionários públicos.
Prestigiar esta dupla de governantes, Aécio e Anastasia que prometeram e não cumpriram, que enganaram por todos estes anos aos mineiros, que deixaram os funcionários públicos em penúria, usando até mesmo de truculência e perseguições para evitar greves e manifestações e sempre com promessas falsas, não esperem isso de minha pessoa.
Homenagear e prestigiar aqueles que tentaram de todas as formas quebrar a paridade entre o pessoal da ativa, aposentados e pensionistas, inclusive o fazendo quando deixaram de pagar o tal abono de produtividade aos aposentados e pensionistas, ora de mim não esperem nenhuma homenagem.
Homenagear e prestigiar aqueles que praticamente acabaram com o IPSEMG, deixando o funcionalismo praticamente sem atendimento médico em várias ocasiões, principalmente em nosso interior, de mim estes pseudogovernantes, não esperem nada! Agora o governo estadual declara que investiu 550 milhões no IPSEMG, outra mentira, os médicos contestam esta afirmação enganosa e devem entrar em greve na capital. Se isso acontecer, como fica o funcionalismo público? Não dá para prestigiar esse cara de pau e o seu bando!
Alguns me disseram que político tem que ter “jogo de cintura”, até posso concordar, porém o político deve ter vergonha na cara e podem acreditar, vergonha eu tenho, faço de tudo para andar de cabeça erguida, e assim não posso prestigiar indivíduos como o governador Aécio, Anastasia e seus asseclas.
Entendo que os funcionários públicos da ativa, aposentados e pensionistas não podem e nem devem desperdiçar os seus votos com os candidatos do partido do governador Aécio, bem como os candidatos de partidos que dão apoio e sustentação a esta política que somente nos faz sofrer e nos fragiliza com falsas promessas e com péssimos salários.
Devemos nos unir e mostrar a nossa força neste momento - devemos trabalhar contra aqueles que nos enganaram, nos esmagaram, nos humilharam, nos opor a estes que nos oprimiram.
Devemos pedir a nossos parentes, nossos amigos e conhecidos, enfim a todos para que não votem em Aécio Neves e nos políticos ligados a ele, para que esta política mentirosa e maléfica seja banida de nosso estado.
È o momento de irmos à luta, é o momento de fazer valer o nosso voto!
Eis aí o motivo de meu não comparecimento ao evento! Agradeço a aqueles que notaram a minha ausência. Abaixo a mentira! Que a verdade sempre viva!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Wagner Caldeira se coloca em favor dos funcionários estaduais aposentados e pensionistas

Há algum tempo venho notando a forma arbitrária e desleal que o governo do nosso estado trata os aposentados e as pensionistas.
Sendo esta situação por demais preocupante, visto que nós estamos sendo vitimados por um grupo de políticos que quer melhorar a situação econômica do estado tirando dos aposentados e pensionistas.
Tomei conhecimento que Anastásia, candidato pelo PSDB ao governo estadual, teria declarado que seria contra a paridade entre os funcionários públicos da ativa e os aposentados e pensionistas.
Ora, então de nada valeram todos aqueles anos que nós trabalhamos honestamente por nosso estado? Será que nós aposentados cometemos algum pecado grave ou até algum crime e assim merecemos tamanho castigo?
Será que não temos o direito de ter tranqüilidade ao final de nossas vidas?
Por falar em paridade, será que vocês notaram que nós não recebemos a tal gratificação de produtividade e que esta foi paga integralmente aos funcionários da ativa?
Já na ocasião em que o governo estadual procedeu à reforma administrativa na estrutura de cargos e salários, ocorreu, sem dúvida, um inicio de desestruturação no principio da paridade entre os servidores da ativa e os aposentados e pensionistas. Até parece que nunca produzimos nada para o nosso estado.
Existe uma necessidade de imediata reestruturação do sistema de seguridade social e a assistência à saúde prestada pelo Ipsemg.
Os aposentados e pensionistas clamam por uma política de saúde com a melhoria no atendimento médico-ambulatorial, hospitalar e laboratorial na capital e no interior.
Agora, por mal dos pecados, segundo fiquei sabendo, existe uma ameaça de privatização do atendimento à saúde pelo Ipsemg, sendo que se estuda em entregar o atendimento médico a um plano se saúde privada, com mensalidades acima de nossas possibilidades.
Ora, nós pagamos por toda a nossa vida para a manutenção deste sistema e agora querem nos deixar de lado? Isso é covardia!
Não temos um representante, não temos uma voz, somos virtualmente mudos, mas não somos cegos e estamos vendo muito bem o que fazem contra nós.
Daí a necessidade de os aposentados e pensionistas terem uma voz na Câmara Federal.
Os aposentados e pensionistas têm que tomar conhecimento de todos estes fatos e efetivamente apoiar e trabalhar pela eleição daquele candidato que se mostra preocupado e interessado por este tema.
A classe dos aposentados e pensionistas não é uma classe de imprestáveis, é uma classe de pessoas que já trabalharam e muito produziram por nosso estado e pelo povo de Minas Gerais.
Entendo como aposentado que sou, que nós necessitamos de um representante, necessitamos de alguém que trabalhe por nós, necessitamos de ajuda, porém antes de tudo temos que apoiar um candidato sério, que trabalhe por nós e que entenda os nossos problemas e anseios.
Queremos alguém que conheça nossa região, alguém que conheça Passos!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Dr. Wagner Caldeira se posiciona em defesa do produtor rural

Como é de conhecimento da maioria a conservação da água e do solo para ser efetiva, deve apoiar-se no uso de diversas ações relativamente simples (terraços, barraginhas, adequação de estradas, melhoria das pastagens, recuperação de nascentes, reflorestamento, etc.) ações que devem ser implementadas, preferencialmente, no maior número de micro bacias hidrográficas de uma bacia hidrográfica principal.
Também é de conhecimento de todos que a maioria das autoridades pensa que as implementações dessas práticas devem ser integralmente pagas pelos produtores rurais, baseando-se na falsa crença de que seriam estes os únicos beneficiados. Na verdade estas práticas ultrapassam as fronteiras das propriedades rurais e geram, sem dúvida, benefícios sociais, os quais são usufruídos por todos.
Assim sendo, o produtor rural que executa, adequadamente, um programa de conservação da água e do solo e com isso consegue reduzir a poluição, por meio da redução da erosão, e reter, e fazer infiltrar no solo de sua propriedade, maior parcela da água de chuva, está prestando um serviço ambiental à bacia e se bem analisarmos a todos, devendo, portanto receber por seu serviço.
A Agência Nacional de Águas (ANA) vem desenvolvendo um programa, denominado “Produtor de Água”, com o objetivo de criar incentivos para que os produtores rurais implementem, no âmbito das bacias hidrográficas, práticas conservacionistas que contribuam para ampliar a oferta de água e a melhoria de sua qualidade.
Os pagamentos seriam, em tese, efetuados pelos agentes participantes aos produtores rurais - estes agentes podem ser entidades federais e estaduais, comitês e agências de bacias, prefeituras municipais.
Os pagamentos seriam efetuados durante ou após a implantação de um projeto específico, previamente aprovado e cobrirão total ou parcialmente os custos das práticas implementadas, dependendo de sua eficácia.
Os pagamentos por serviços ambientais (PSA) são transferências financeiras de beneficiários de serviços ambientais para os que, devido a práticas que conservam a natureza, forneçam esses serviços. Os PSA podem promover a conservação através de incentivos financeiros para os fornecedores de serviços ambientais, sendo claro que estes fornecedores são justamente os proprietários e produtores rurais.
Trata-se, portanto, de um projeto de interesse da coletividade e da classe ruralista que, para que tenha sucesso depende de uma adesão maciça dos produtores rurais da região, razão pela qual o projeto prevê o pagamento de incentivos financeiros a todos os agentes que, voluntariamente, aderirem ao programa, conservando as matas, liberando áreas para o plantio de novas florestas, conservando adequadamente o seu solo.
Ocorre que o presente projeto não tem previsão de quem irá, em tese, dispor do valor monetário para cobrir os gastos e assim pagar aos produtores rurais. Dizer que seriam entidades federais e estaduais, comitês de bacia e prefeituras municipais sem, no entanto, ter um projeto financeiro pré-determinado, é a mesma coisa de nada dizer, sendo assim este projeto, no meu entender, é uma forma de enganar a classe ruralista, um verdadeiro absurdo!
Assim entendo que, deveriam os legisladores, criar uma lei especifica, mostrando a fonte pagadora e de onde sairia o recurso financeiro para cobrir os gastos com o “Programa Produtor de Água”.
Temos certeza de que tal projeto é por demais importante para a coletividade, bem como para os produtores rurais, sendo que estes receberiam certa quantia para melhor preservar suas propriedade, não importando o tamanho destas.
Devemos nos lembrar que existem estudos que apontam que em um futuro relativamente próximo poderá acontecer falta do que hoje sobra, a água!
Devem os produtores rurais tomar conhecimento deste projeto e apoiar nesta próxima eleição, aquele candidato que se preocupa com estes temas tão importantes aos que vivem nas propriedades rurais e são responsáveis pela produção de nossos alimentos.
Sou Conselheiro Estadual de Recursos Hídricos, pré-candidato ao cargo de Deputado Federal e pretendo trabalhar muito, em prol dos produtores rurais.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Eutanásia – crime ou direito?

Existem pessoas em todo o mundo que se encontram por vários anos em estado vegetativo, respirando por aparelhos e definhando em cima de uma cama.
Existem pessoas em todo o mundo que defendem o direito do uso da eutanásia para fazer cessar o sofrimento e a dor destas pessoas.
Existem pessoas em todo o mundo que entendem que a eutanásia vai contra as leis de Deus e atentaria contra a vida destas pobres almas que dia a dia se acabam sem nada poder fazer.
Estas pessoas que se encontram neste estado não têm como se defender, às vezes não têm como exprimir o seu desejo e assim necessitam de que outros decidam por eles.
As leis de nosso País proíbem a eutanásia, a Igreja Católica, como também outras religiões não aprovam o uso desta medida para resolver este tipo de evento.
Afinal, quais seriam as necessidades reais destes que não têm como se defender, e que às vezes não têm condições de falar, na verdade não têm, virtualmente, condições nem de viver!
A eutanásia seria então um ato de covardia ou seria um ato de amor ao próximo?
Aqueles que sofrem sem nada poder falar, se assim pudessem exprimir as suas vontades iriam agradecer ou reclamar por suas vidas?
Infelizmente não sabemos, e é sem dúvida um assunto até difícil de ser comentado.
Eutanásia é a prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida por um especialista.
Existe neste caso um conflito entre o Estado que tem como princípio a proteção da vida, e aqueles que, devido a seu estado precário de saúde, desejam dar um fim ao seu sofrimento antecipando a morte.
É sem dúvida um assunto controverso, existindo prós e contras, com teorias que se modificam com o tempo e com a evolução da sociedade, tendo sempre em conta o valor da vida humana.
Em nosso sistema legal brasileiro não existe a figura da eutanásia, porém como já falamos, com a evolução dos tempos e com o desenvolvimento da sociedade poderá um dia ser aprovada tal providência em nosso País.
A pergunta é uma só: a vida deve ser preservada a todo custo ou em certos casos especialíssimos poderá ela ser tirada?
O Estado tem como obrigação a preservação da vida, porém se ela não tem a sua plenitude por doenças ou anomalias provocadas por acidentes ou outros motivos, teriam estes cidadãos direito de resolverem a respeito de seus próprios destinos? Ou não?
Deus fez o homem e o colocou neste nosso mundo, deu-lhe o livre arbítrio, podendo ele inclusive se suicidar, mas este não é o caso em tela!
Será que nós não teríamos direito à nossa própria morte, em situações especiais e únicas?
Será que não tendo o cidadão mais nenhuma condição física de se auto exterminar e não tendo ele condição de viver plenamente, seria pecado a eutanásia?
Nem tudo que é ilegal é imoral, e também nem tudo que é pecado para alguns é imoral, para outros, depende muito de interpretação pessoal.
Será que a retirada da vida nestes casos seria uma monstruosidade sem fim? Será que “presentear” com a morte um enfermo sem nenhuma esperança de vida é realmente contra tudo que conhecemos?
Ouvi algumas vezes que a morte é apenas uma passagem desta vida para outras fronteiras e que o espírito nunca morre. Se assim o for, talvez não seja imoral o uso da eutanásia!
Os dogmas religiosos, as crenças em uma vida eterna e a verdade nua e crua, onde uma pessoa sofre por anos em uma cama e sabe perfeitamente que não tem saída e que sua situação não tem volta, aí, esta verdade se torna duríssima e é claro o desespero acontece e a morte é imediatamente lembrada para cessar a dor.
O desespero e a desesperança parecem ser uma dupla imbatível, porém somente com a fé em Deus é que poderemos melhor e mais claramente pensar a este respeito.
A crença da vida eterna, talvez mude com a dor, a fé tem que ser sempre nutrida pela esperança e pela certeza da existência de Deus e de dias melhores.
A grande dúvida é se nós ou terceiros em nosso nome, poderíamos ou não dispor da vida?
O grande desafio é descobrir até onde vai nosso direito, e onde definitivamente começa o direito ou talvez o dever das religiões com seus dogmas em nos ditar regras?
Perguntamos-nos, o porquê Deus não tira de nosso convívio pessoas que estariam enfermas e em estado terminal? Ora! Ele nos deu a vida e somente Ele poderia tirar!
Talvez a eutanásia seja realmente uma imoralidade. Ou é um direito de todo o ser humano?
Que é ilegal, sabemos, porém seria a eutanásia imoral?
Esta pergunta somente pode ser respondida depois de um amplo debate íntimo, por que só nós no fundo de nossos seres, é que teremos condições de responder a esta indagação!
A nós mesmos e a Deus!