segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O Alcoolismo e a família

Falar sobre o alcoolismo em nossa sociedade é tocar em assunto melindroso e delicado.
Devemos lembrar que o alcoolismo não atinge apenas pessoas adultas e comprovadamente o uso de álcool atinge jovens e crianças em níveis assustadores em todo o mundo.
Estima-se que 15% da população mundial sejam dependentes de álcool.
O alcoolismo é uma doença que afeta não só a pessoa - os familiares, as pessoas mais próximas são particularmente atingidas no plano afetivo e no seu cotidiano, sentindo-se desamparados e sem saída.
A dependência do álcool atinge toda a família, dividindo-a e isolando-a de sua sociedade e do resto do mundo.
Portanto, o alcoolismo, mais que o problema do próprio dependente é também uma doença da família, uma vez que o sofrimento é de todos e não só do dependente.
O alcoolismo somente começa a afetar a família a partir do momento que começam a surgir os problemas paralelos típicos dos viciados, como acidentes de trânsito, violência, perda de emprego e decadência social, financeira e moral.
Tomar uma atitude como a de se procurar um tratamento para um membro da família é sempre algo difícil, já que existe um grande preconceito e vergonha de assumirmos que temos um familiar alcoólatra, como também o próprio doente não admite que é portador deste problema grave e sério.
Uma grande maioria não sabe como realmente encarar este grande problema, porém devemos nós familiares e amigos ajudar de alguma forma estas pessoas que tanto estão sofrendo, como também nos fazendo sofrer.
Sinceramente penso que a família deve ser a primeira a agir o mais rápido possível na tentativa de salvar o seu ente amado deste maldito vicio.
Todos os dias são relatados que vidas são destruídas e que há acidentes e mortes resultantes do abuso do álcool.
Quantos são os casos que vimos em toda a nossa vida de pessoas que literalmente se perdem pelo uso do álcool ou outra droga qualquer?
Conheço um caso de um grande amigo que tinha um ótimo emprego, uma família feliz, enfim era uma pessoa realizada, bebia socialmente como alguns de nós, porém o tempo foi passando e também as doses foram aumentando, hoje não tem família, emprego e até a dignidade ele perdeu, infelizmente!
Outro trilhou o mesmo caminho e acabou morrendo em um acidente automobilístico aos trinta e poucos anos e totalmente embriagado.
Confesso que me senti impotente no momento de tentar ajudar estes dois amigos, porque eles não quiseram e nem aceitaram nenhuma ajuda.
O álcool é uma doença social, visto que ele não é proibido e pode ser usado em qualquer lugar e a qualquer hora, ao contrário de outras drogas usadas em nossa sociedade.
Tive a oportunidade de conversar com alcoólatras que acabaram por serem levados para o plantão policial por se envolverem em problemas e lá depois de ficarem sóbrios acabaram por mostrar-se envergonhados e arrependidos, tendo confessado que eles teriam sido um dia bons pais de família, profissão definida, bem quistos na sociedade e naquela altura da vida não passavam de trapos humanos, que somente pensavam em consumir a bebida alcoólica desde o momento em que acordavam até o momento em que adormeciam entorpecidos pelo uso excessivo desta substância.
Coisa de dar dó, apesar de entender que ninguém é merecedor de dó e sim de ajuda, isso quando aceita a ajuda.
Muitos pais chegam ao ponto de colocar filhos para fora de casa ou porque já não agüentam mais as ações deles dentro de suas residências ou por ignorância ou até mesmo por mera conveniência.
Sofre a família, sofre o viciado, a sociedade perde como um todo, o sistema social fica mais e mais falido e fragilizado.
Qual seria a saída para a resolução deste problema aparentemente sem solução?
De que forma devemos encarar este fato social? Como caso de saúde pública? Ou como coisa natural da vida? O certo é que este mal afeta a um grande número de famílias que sofrem diuturnamente vendo os seus, sofrerem e se perderem neste buraco que é o alcoolismo.
A maioria de nós gosta de sua cervejinha ou nos finais de semana ou em finais de tarde durante a semana, devemos nos policiar para que este mal não nos aflija e acabe com a nossa vida e de nossa família.
Temos que pedir a Deus para que nos ajude a enfrentarmos os nossos problemas sem ser necessário fazer uso de substâncias entorpecentes para fugirmos deles.
Temos que ter o exato senso de quem nós somos e o que conseguimos fazer e não nos deixemos levar por vaidades e paixões que podem estragar literalmente nossa vida e nos levar ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas e às vezes até entorpecentes.
Devemos amar muito as nossas famílias e a nós mesmos, como também a Deus, para assim evitarmos nos envolvermos com problemas que às vezes não conseguimos sair e nem resolver.
Devemos saber que a vida nos prepara armadilhas, porém só depende de nós cairmos ou não nestas mesmas armadilhas.
Só depende de nós! E de mais ninguém!

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